"As tropas russas que se encontram ainda na Geórgia estão a tentar impedir que milhares de refugiados voltem às suas casas, de acordo com uma autoridade georgiana. " As tropas russas continuam a procurar minar a estrutura do poder em Tbilisi para desta forma atingir um dos seus objectivos estratégicos: derrubar o governo georgiano. Ora, as condições de vida a que os "deslocados" estão sujeitos são um excelente fermento para minar qualquer poder democrático por dentro.
Milhares de pessoas já tinham sido vítimas da limpeza étnica que obrigou a que muitas famílias georgianas que residiam na Abecásia e na Osséssia do Sul se tivessem tornado, nos anos 90, "pessoas deslocadas internamente", isto é, pessoas que não podiam voltar à sua casa, à sua terra. Agora, acrescentaram-se mais de uma centena de milhar que estão, compreensivelmente, desejosos de voltar às suas casas mas, irão encontrar casas destruídas e saqueadas... quando forem autorizadas a voltar. A comunidade internacional tem o dever de ajudar na reconstrução mas, mais do que isso, tem o dever de não se conformar com estes "desloca[liza]dos", e de não deixar que a sua situação se perpétue (como, aconteceu no passado).
Relacionado: Recordações da Abecásia
Ver fotos de Gori (aqui e aqui), refugiados.
Ver imagens de satélite que provam os incêndios e a destruição aqui, aqui e aqui (HRW). Mapa dos fogos activos até 22 de Agosto, ou seja muito depois do cessar-fogo.
Pilhagens e destruição de aldeias na Geórgia (foto-galeria)
Milhares de pessoas já tinham sido vítimas da limpeza étnica que obrigou a que muitas famílias georgianas que residiam na Abecásia e na Osséssia do Sul se tivessem tornado, nos anos 90, "pessoas deslocadas internamente", isto é, pessoas que não podiam voltar à sua casa, à sua terra. Agora, acrescentaram-se mais de uma centena de milhar que estão, compreensivelmente, desejosos de voltar às suas casas mas, irão encontrar casas destruídas e saqueadas... quando forem autorizadas a voltar. A comunidade internacional tem o dever de ajudar na reconstrução mas, mais do que isso, tem o dever de não se conformar com estes "desloca[liza]dos", e de não deixar que a sua situação se perpétue (como, aconteceu no passado).
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