[documentário sobre o breve período da independência da Geórgia entre 1918 e 1921]
O “eterno retorno” ... contudo, nada se repete, cada momento é único. Os ingredientes para o conflito geórgiano não estão na América, são anteriores a ela. Claro, está que a vontade de ver na Rússia num "parceiro de confiança", e a subvalorização das tensões e sensibilidades desmpenhou um papel neste conflito.A Geórgia foi um Estado soberano durante centenas de anos, mas a política expansionista da Rússia no reinado de Catarina a Grande forçaram-na a tornar-se num protectorado (Tratado de Georgievsk, 1783).
Em 1918, a República Democrática de Geórgia tornou-se, de novo, um país soberano. Em 1920, a Rússia reconheceu a sua independência mas… em Fevereiro de 1921, o Exército Vermelho invadiu a recém-criada Geórgia. Objectivo: derrubar o Partido Social Democrata (Menshevik) e substituí-lo por um regime Bolshevik afecto a Moscovo.
Sob o pretexto de ”auxílio” à rebelião dos camponeses e trabalhadores*, os líderes Bolsheviks, de origem georgiana, que não tinham tido o apoio do seu povo (J. Estaline e S. Ordzhonikidze] tomaram pela força o poder.
Em 25 de Fevereiro foi declarada a República Socialista Soviética da Geórgia, o resto do país levou ainda três semanas a cair pois, ao contrário de outras regiões do Cáucaso, o partido comunista não tinha apoios na Geórgia e, foi preciso fomentar revoltas (na Osséssia do Sul, por exemplo) e outros incidentes para finalmente, expandir o império soviético.
* Na era soviética o “auxílio” era um pretexto muito em voga para as intervenções. No Báltico, no leste da Polónia, na Bessarábia … sempre a preocupação humanitária, a mesma solidariedade internacionalista…
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