sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Jornalismo em tempo de cólera

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Os bombardeamentos em televisão "ficam mal". Mostram uma das mais temíveis faces da guerra na sua versão contemporâneas: as vítimas colaterais ou seja, os civis inocentes. Todos os beligerantes actuais estão cientes da importância da comunicação e das imagens., uma guerra "ganha"pode transformar-se num enorme fiasco comunicacional. É necessário controlar as palavras e as imagens. Por isso, os beligerantes têm perante os jornalistas/repórteres de imagem uma ambivalência notória: por um lado, procuram facilitar-lhes o acesso ao terreno devidamente integrados em colunas militares o que é desde logo um garante de segurança mas, também um condicionador da informação; por outro lado, não facilitam a vida dos que procuram chegar ao teatro de guerra pelos seus próprios meios.
A recente guerra no território da Geórgia é bem ilustrativa do perigo que uma guerra representa para os repórters no local. Desde o inicio do conflito na Geórgia já morreram, um cameramen holandês (NTL-4), um jornalista georgiano mais o seu motorista, o correspondente da Russian Newsweek e, o correspondente da agência de imagens Itar-Tass (presumivelmente mortos pelos secessionistas da Osséssia do Sul). Aos mortos, juntam-se mais de uma dúzia de feridos em incidentes diversos. Neste conflito foram ainda presos, pelos russos, dois jornalistas turcos de um canal de televisão (fonte: rsf).
Mas estes são apenas alguns dos perigos que uma reportagem destas pode representar é que, associada à guerra há ainda uma outra actividade: a pilhagem. É que as "máquinas" são presas de guerra apetecíveis. Nestas imagens os jornalistas são abordados por homens fardados (paramilitares?) este é o resultado do encontro:
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O jornal italiano, La Repubblica, divulga também as imagens de uma equipa de jornalistas turcos que é alvo de um tiroteio. Rescaldo milagroso: um ficou ligeiramente ferido na testa. Ver imagens, aqui.

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