Capa do Jornal de Angola no último dia de campanha
Para todos os que acompanham, ainda que à distância, as eleições em Angola, não posso deixar de recomendar a leitura do Jornal de Angola. De facto, a leitura atenta deste jornal permite formar uma opinião sobre a forma como tem decorrido a campanha eleitoral e de como o MPLA tem feito chegar a sua mensagem à população usando os meios de que o Estado dispõe. Ler o “Jornal de Angola” é perceber, em primeira mão, o grau de democraticidade e liberdade que os angolanos têm para decidir o seu sentido de voto. A disparidade de meios é tamanha que não espanta que em Cabinda se apele já ao boicote das eleições.
"As populações da periferia das cidades já podem adquirir produtos básicos de qualidade a preços acessíveis. O Presidente José Eduardo dos Santos, inaugurou ontem, em Luanda, o primeiro supermercado da rede “Poupa Lá”, no Sambizanga, que tem como objectivo levar às comunidades produtos básicos de consumo.[…]
O Presidente da República encontrou as ruas por onde passou em festa. Foi recebido com desfiles de grupos carnavalescos. À saída, saudou a população com um aceno de mão, ao que foi correspondido com muitos aplausos. […]"
“…tentativa ilícita de manchar a imagem do MPLA, em vésperas de eleições, foi prontamente desmascarada pelas Administrações dos Bancos citados, mas demonstra o envolvimento premeditado, friamente planificado e, certamente, pago pela UNITA, num crime de falsificação de documentos e de tentativa de extorsão, cujo executor está a contas com a justiça, há já algum tempo.[…]
Texto integral
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"A UNITA formalizou junto da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana uma lista de 18 deputados portugueses convidados pelo partido para serem observadores internacionais às eleições de sexta-feira, mas sem informar previamente os parlamentares.
Em declarações à Agência Lusa, o representante da UNITA em Lisboa, Isaac Wambembe, confirmou que uma lista de 18 deputados à Assembleia da República - nove do PSD, cinco do PS e quatro do CDS/PP - foi enviada "há um mês e tal" pelo partido do "Galo Negro" à CNE, para que aquela comissão convidasse formalmente os parlamentares a deslocarem-se a Angola. "
Por aqui se vê o amadorismo, a pouca experiência e a ingenuidade dos partidos concorrentes às eleições angolanas. De facto, a CNE angolana não tem muito interesse em "observadores internacionais" (ainda por cima portugueses), por isso seria de esperar que protelasse a decisão até ao último minuto.
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A Comissão Nacional de Eleições (CNE) angolana nega acusações que vieram hoje a público sobre o facto da campanha eleitoral para as legislativas de amanhã ter sido imparcial.
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