Nas costas da Somália, o negócio da pirataria está florescente, cada vez mais os barcos apresados saltam para as primeiras páginas. Pelo menos 14 navios e 300 tripulantes foram vítimas de pirataria nos últimos meses. Desta vez, apressaram o Faina, um navio que transportava material de guerra da Rússia para o Quénia.
Esta não é a primeira vez que os piratas abordam navios que transportam materiais de guerra. Esta actividade poderá estar a expor negócios de armas e outros que habitualmente se processam na sombra. Em Agosto, um navio iraniano, o MV Iran Deyanat, foi capturado pelos piratas…
“Within days, pirates who had boarded the ship developed strange health complications, skin burns and loss of hair. Independent sources tell The Long War Journal that a number of pirates have also died. "Yes, some of them have died. I do not know exactly how many but the information that I am getting is that some of them have died," Andrew Mwangura, Director of the East African Seafarers' Assistance Program, said Friday when reached by phone in Mombasa.
News about the illness and the toxic cargo quickly reached Garowe, seat of the government for the autonomous region of Puntland. Angered over the wave of piracy and suspicious about the Iranian ship, authorities dispatched a delegation led by Minister of Minerals and Oil Hassan Allore Osman to investigate the situation on September 4. Osman also confirmed to The Long War Journal that during the six days he negotiated with the pirates members of the syndicate had become sick and died. "That ship is unusual," he said. "It is not carrying a normal shipment." In, In From the Cold
Mas a captura do Faina está a levantar ainda outras questões. Como é que os piratas que se deslocam em lanchas rápidas conseguiram abordar e capturar este navio enorme e seguro (“construído como um castelo”, na opinião de um perito)? Como conseguir garantir a liberdade de circulação no mar entre a Somália e o Iémen? Os barcos da coligação não conseguem assegurar a segurança e, as companhias de navegação estão a tentar garantir segurança privada mas, obviamente não chega: o Faina foi apenas um dos três navios capturados numa semana...
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Actualização (1 de Outubro): O Faina é efectivamente um navio ucraniano que navega sob bandeira do Belize que transportava material da guerra proveniente da Rússia, concretamente 33 tanques T 72 bem como munições, esta informação foi confirmada pelo Ministro da Defesa Russo, Yury Yekhanurov, que afirmou que estas armas tinham sido vendidas ao abrigo de acordos internacionais. Entre os tripulantes do Faina há três de nacionalidade russa (entre os quais o comandante que entretanto terá morrido de ataque cardíaco). Entretanto, terão ocorrido confrontos entre os piratas de que terão resultado, pelo menos, três mortos. Ver, aqui e aqui.
Actualização: "A Somália autorizou hoje Moscovo a “combater os piratas”...
2 comentários:
Bem diz o ditado.
Quem conta um conto..,acrescenta um ponto.
Acontece que ao contrário do que o amigo Hekate escreve o navio ucraniano sequestrado pelos somalis não vinha da russia .
Digo isto baseado neste paragrafo .
" The Belize-flagged vessel was carrying an authorized Ukrainian government arms shipment to Kenya including 30 type T-72 tanks, an additional number of armoured personnel carriers, and munitions, according to Ukraine media reports.".
http://www.efluxmedia.com/news_Kenya_pirates_grab_Ukraine_cargo_ship_may_have_weapons_shipment_25127.html
Eu concluo que se a carga foi autorizada pelo governo da ucrânia..,logo o navio não podia ter partido da russia, como se escreve aqui na noticia.
( Desta vez, apressaram o Faina, um navio que transportava material de guerra da Rússia para o Quénia.).
Eu creio que a confusao parte da noticia do público, já ela imprecisa , senão incorrecta.
Pode ler-se no Público.
" O cargueiro “Faina”, cuja carga estava destinada ao Exército queniano, foi desviado na quinta-feira quando se dirigia para o porto queniano de Mombaça. Não se sabe se os piratas estavam a par da carga transportada quando sequestraram do navio que transporta carga militar, incluindo cerca de 30 tanques T-72, um blindado de fabrico russo.".
Ora acontece que eu duvido que as armas sejam de fabrico russo.
Daí Hekate concluiu que se as armas eram de fabrico russo ( facto de que eu não estou certo ) , logo.., o navio havia partido da russia.
O Navio partiu da Ucrania e o material foi exportado por este país.
Li algures que o material era em segunda mão, usado.
Não posso porém deixar referência deste facto.
O certo certinho..,é que o navio havia partido da ucrania.
( Nem o local de destino era certo já que os piratas afirmam que as armas teriam como destino o sudão mas outras fontes referem que o destino era o Quénia).
Quanto aos mortos ocorridos entre os sequestradores..,li que estes ocorreram durante um desentendimento entre facção moderada e fação radical dos piratas.
A facção moderada desejaria terminar o sequestro enquanto a facção radical desejaria mantê-lo.
Obrigado pelo seu Blog.
Eu gosto de noticias...e a nível de noticias internacionais o nosso país é uma tristeza.
As pessoas gostam é de futebol...., fala-se é da transferência do costinha.., ou a contratão do peixinho para treinador...
Pode explodir bomba atómica no subcontinente indiano que a malta não quer saber.
Interessa é o ultimo desafio do Porto , Braga.
É pois refrescante encontrar alguém que se interesse pelo que se passa lá fora.
Amigo Obervador, obrigada pelos comentários. Vou procurar confirmar proveniência das armas. Relaticamente ao navioparece-me certo que a bandeira é ucrâniana (o que quer que isso signifique...). Depois actualizo...
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