sexta-feira, 5 de setembro de 2008

De que ris, Paulo?


No mesmo dia em que foi anunciada a sentença, o Ministério Público avançou que vai recorrer da decisão mas Paulo Pedroso não perdeu tempo e anunciou já o seu regresso:
«Em 2005, comuniquei que me sentia impedido de exercer o mandato parlamentar, na sequência de um compromisso publicamente assumido com o secretário-geral do partido, José Sócrates, e por mim próprio. Não exerci nenhuma função política até que o processo [Casa Pia] estivesse concluído»

Paulo Pedroso

Todo este processo, tem sido lamentável. Lamentável pela tinta que fez correr, pelo desrespeito pelas vítimas, pelo sentimento de impunidade que transpirou por alguns dos protagonistas e, pela sede de protagonismo de outros. Lamentável pela forma como a Justiça portuguesa não funciona. Os arguidos, tiveram já tempo e sobra para serem julgados. O processo arrasta-se penosamente no tempo em direcção ao infinito. Um caso que sem dúvida, muito contribuiu para o descrédito da Justiça e dos seus agentes.
Agora, Paulo Pedroso, ainda que inocente ( tal como outros agentes políticos sobre os quais recai alguma suspeita fundamentada) nunca deveria ter sido candidato até que o processo estivesse definitivamente encerrado. Mas uma vez que o mal foi feito, deveria ter o bom senso de perceber que ainda não chegou a sua hora. Pessoalmente, vê-lo-ei com "desgosto" nas bancadas da Assembleia da República. O seu regresso não será benéfico nem para ele, nem para o PS, nem para a Assembleia da República... Pena pois, que não tenha cumprido o que prometera.

2 comentários:

Anónimo disse...

«Inocente» e «suspeita fundamentada». Curiosa combinação de termos... mas feliz.

Anónimo disse...

Inocente ou culpado, ele não deveria voltar ao Parlamento, porque não é ético, alguém acusado de tão horrível crime voltar para aquele local. poderia voltar depois, mas não agora...