O presidente Yushchenko tem vindo a acusar repetidamente a primeira-ministra ucraniana de ser “pró-russa” . Isto levou à cisão da coligação que governava a Ucrânia desde a revolução Laranja, em 2004.
Depois de regressar de férias, onde se manteve em silêncio, apesar das acusações, a primeira-ministra tomou a iniciativa de limitar as competências presidenciais, para isso contou com o apoio dos partidos parlamentares nomeadamente, dos Comunistas.
Agora, Victor Yushchenko, acusa-a de ter patrocinado um golpe de estado no parlamento e de ter formado uma nova coligação parlamentar. O presidente ameaça, agora, convocar eleições para os próximos dois meses.
O relacionamento entre o presidente e a sua primeira-ministra tem tido altos e baixos mas, o facto de ela ter ganho as eleições legislativas obrigou-o a mantê-la no cargo. A invasão da Geórgia trouxe à superfície as divergências políticas entre ambos. Os estudos de opinião indicam que se as eleições se realizassem agora a sra. Julia Tymoshenko sairia vencedora.
Ora, precisamente uma das questões que se levanta é a de saber quem tem direito a voto nas eleições. De acordo com a lei ucraniana não há dupla nacionalidade. O facto, de cidadãos eleitores ucranianos estarem a receber passaportes russos é, naturalmente, um factor de desequilíbrio eleitoral – não falando sequer da preocupação de segurança que tal implica depois dos acontecimentos na Geórgia.
Com uma minoria russa e uma élite pro-ocidental, os ucranianos estão muito divididos no que toca ao relacionamento com o seu poderoso vizinho.
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