domingo, 7 de setembro de 2008

E das palavras, se fará luz?


A fasquia estava alta. O oiro do silêncio relevava a importância da palavra. O verbo anunciava-se para hoje.

Manuela Ferreira Leite, enunciou preocupações que eu partilho: a “desvalorização da acção política e dos políticos” e a necessidade de recuperação da sua imagem e prestígio condições vitais para a regeneração da democracia; um governo PS que governa para o espectáculo distraindo-nos dos problemas reais, o que é particularmente grave nos sectores da economia e da segurança; a partidarização do aparelho de Estado e a tentação de recorrer à propaganda e ao abafar das “vozes dos que sabem que isto não vai bem”.

Manuela Ferreira Leite, falou. Esperemos que das suas palavras se faça luz sobre as políticas alternativas do PSD, sobre as consequências que as decisões populistas terão para todos nós, sobre a forma de clarificar a influência política nas entidades públicas. Esperemos que o PS se deixe de passear pelo palco da política e precise de arregaçar as mangas para mostrar que merece, ou não, governar. O que tem faltado ao PS em competição, tem sobrado ao PSD em conformismo e em divisões internas.

O estilo de um líder que prefere os actos às palavras é pouco habitual. MFL, terá o ónus de demonstrar que é possível fazer política a sério, contrariando a cultura política instituída e, por todos muito censurada mas, à qual ninguém tem querido verdadeiramente encontrar alternativas. MFL terá de provar que é possível ser credível, com um mínimo de espectáculo e com um máximo de seriedade. Se o fizer, terá prestado um contributo inestimável à democracia.

Ler discurso na íntegra

1 comentário:

Anónimo disse...

Aguardemos, entre outros temas, para ver os desenvolvimentos dos casos «Isaltino» e «Valentim»... No resto, é suficiente seguir o exemplo do Rui Rio.