Excerto da entrevista de Putin à CNN (para ler aqui).
“… eu gostaria de lembrar que estas entidadades, cada uma por sua vez, integraram voluntariamente o Império Russo. Em meados do século XVIII, em 1745-47, a Osséssia tornou-se parte do Império Russo.[…]
Em 1801, se a memória não me falha, a própria Geórgia, que estava sob pressão do Império Otomano, tornou-se voluntariamente membro do Império Russo.
Apenas doze anos depois, a Abecásia tornou-se parte do Império Russo. Até essa altura, tinha sido um estado independente, um principado.
Foi em meados do século XIX que foi tomada a decisão de incorporar a Osséssia doSul na província de Tiflis. Como estavam dentro do mesmo Estado a decisão não foi considerada muito importante. Mas posso assegurar-lhe que os anos subsequentes mostraram que os osséssios não gostaram muito. Contudo, de facto, foram postos pelo governo centralizado do czar sob jurisdição georgiana.
[…]
Quando a União Soviética foi formada, a Geórgia [que entretanto voltara a ganhar e a perder a independência], estes territórios, por decisão de Estaline, foram atribuídos à Geórgia. Como sabe, Staline era etnicamente georgiano.
Por isso, aqueles que insistem que estes territórios devem pertencer à Geórgia são estalinistas: eles defendem a decisão de Josef Vissarionovich Stalin.”
Esta entrevista merece ser lida com um tempo que eu não tenho. Mas, lendo-a na diagonal, parece-me que tantas referências ao império Russo e, a um interesse baseado na história comum, não são tranquilizadoras nem para georgianos, nem para ucranianos, nem para moldavos… em qualquer dos casos eu (no lugar destes povos), gostaria de ter um “chapéu de chuva” que me garantisse protecção contra o “grande irmão”.
Em 1801, se a memória não me falha, a própria Geórgia, que estava sob pressão do Império Otomano, tornou-se voluntariamente membro do Império Russo.
Apenas doze anos depois, a Abecásia tornou-se parte do Império Russo. Até essa altura, tinha sido um estado independente, um principado.
Foi em meados do século XIX que foi tomada a decisão de incorporar a Osséssia doSul na província de Tiflis. Como estavam dentro do mesmo Estado a decisão não foi considerada muito importante. Mas posso assegurar-lhe que os anos subsequentes mostraram que os osséssios não gostaram muito. Contudo, de facto, foram postos pelo governo centralizado do czar sob jurisdição georgiana.
[…]
Quando a União Soviética foi formada, a Geórgia [que entretanto voltara a ganhar e a perder a independência], estes territórios, por decisão de Estaline, foram atribuídos à Geórgia. Como sabe, Staline era etnicamente georgiano.
Por isso, aqueles que insistem que estes territórios devem pertencer à Geórgia são estalinistas: eles defendem a decisão de Josef Vissarionovich Stalin.”
Esta entrevista merece ser lida com um tempo que eu não tenho. Mas, lendo-a na diagonal, parece-me que tantas referências ao império Russo e, a um interesse baseado na história comum, não são tranquilizadoras nem para georgianos, nem para ucranianos, nem para moldavos… em qualquer dos casos eu (no lugar destes povos), gostaria de ter um “chapéu de chuva” que me garantisse protecção contra o “grande irmão”.
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