A Itália de Berlusconi e a Comissão Europeia estão de costas voltadas, no caso dos ciganos. Sinal disso mesmo foram as vaias para a ministra italiana dos Assuntos Sociais e os aplausos a Durão Barroso.
A Comissão Europeia apelou, ontem, a que sejam dadas oportunidades “reais” iguais aos membros da etnia cigana. Durão Barroso qualificou de “dramática” a situação dos ciganos na Europa e apelou ao combate à discriminação. Barroso, afirmou que as políticas de integração são da responsabilidade dos Estados membros.
Os membros da etnia cigana presentes aplaudiram de pé, quando Barroso afirmou que a Comissão Europeia está contra a estigmatização e que cada um deve poder levar a sua vida livre de perseguições e da discriminação.
Estas palavras surgem num momento em que o governo de Berlusconi promulgou uma legislação que concede poderes especiais à polícia e aos juízes para enfrentar “o perigo cigano”. Está igualmente previsto o recenseamento dos ciganos e testes de ADN para promover o reagrupamento familiar.
Um estudo divulgado pela Comissão Europeia, e Julho, os ciganos são as principais vítimas de discriminação na Europa. Altas taxas de desemprego, esperança de vida inferior em dez ou quinze anos à das outras populações europeias, no entanto os números exactos são desconhecidos pois não é possível recolher dados baseados na etnia.
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