segunda-feira, 22 de setembro de 2008

China: o pesadelo da segurança alimentar

O escândalo do leite para bebé contaminado por produtos tóxicos chama, mais uma vez, a nossa atenção para as deficiências em matéria de segurança e higiene dos produtos alimentares chineses.

Já em 2004, o leite para bebé adulterado tinha sido responsável pela morte de 13 crianças. Estima-se, que um terço dos 450 000 fabricantes de produtos alimentares não tenha licença de produção. Estes comerciantes/fabricantes estão dispostos a tudo: fabricar molho de soja à base de cabelos humanos angariados em salões de beleza (contendo o chumbo das tintas); “snacks” recheados de insecticida; Yo-Yo que ao partir-se libertam bactérias fecais; raviolis contaminados com pesticidas… Os casos são muitos, nem sequer os cães e gatos escapam, já que o glúten do trigo contaminado com melamina, causou a morte de milhares de cães e gatos nos EUA… e há ainda, as pastas de dentes, que terão causado centenas de mortes na América Latina (e que foram apreendidas também em Portugal).

A China é o terceiro maior exportador de produtos alimentares e, o maior exportador de aditivos alimentares (vitaminas, corantes, conservantes…). Os produtos chineses estão em grande parte dos produtos que consumimos. Mas, a experiência mostra que não são produtos suficientemente seguros. A tentação de economizar nas matérias-primas, não se detém sequer perante a mão pesada que se abate sobre os “bodes-expiatórios” do sistema. A pena de morte e, a prisão perpétua não têm sido suficientes para obrigar fabricantes e inspectores da “Asae” chinesa a respeitar as normas de segurança alimentar.

Esta é uma matéria que deveria suscitar a nossa reflexão, já que os produtos chineses estão nos nossos supermercados para ficar (ver, tb. aqui)

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"O Ministério da Saúde chinês disse ontem que o número de crianças hospitalizadas subiu das 6244 já anunciadas para 12.892, incluindo 104 em estado grave. Mais de 1500 já deixaram o hospital e quase 40.000 "receberam tratamento clínico e aconselhamento" antes de irem para casa. O Ministério não explicou como é que o número subiu tanto em apenas uma semana, mas fala-se num total de mais de 54 mil crianças afectadas."in, Público

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